Muito se fala da tecnologia de internet móvel 5G, sabe-se que ainda este ano de 2022, ela estará disponível em várias cidades do Brasil. A nova rede permite a interconexão de equipamentos e dispositivos e possibilita o acesso a produtos inovadores e utilidades domésticas, desenvolvendo a chamada Internet das Coisas (IoT).
O IoT é definido como uma infraestrutura global, dotada de capacidade de conexão, computação local e inteligência. Além disso, trata-se de uma plataforma aberta.
O 5G permitirá o uso em telefones celulares e em gadgets que não são conectados à rede wifi ou internet por cabo.
Alguns testes já vêm sendo realizados e, no Brasil, a Universidade se São Paulo começou a realizar algumas aplicações experimentais visando a melhoria das cidades inteligentes e da internet das coisas.
Projetos e testes utilizando tecnologia 5G
A Universidade de São Paulo (USP), começou a testar a rede de 5G em sua Cidade Universitária, na zona-oeste da capital paulista, esse teste tem sido realizado em parceria com as empresas Claro, Embratel e Ericsson. O objetivo do teste é desenvolver aplicações visando, principalmente, smart cities (cidades inteligentes) e IoT (internet das coisas).
Um dos projetos que está em andamento são aplicações teste em ações de vigilância urbana e de engenharia de tráfego, com enfoque em gerenciamento de fluxos de transporte e acessibilidade. Então, a iniciativa vai criar uma interação entre especialistas da área, pesquisadores e alunos para capacitação de uso das ferramentas e serviços para a tecnologia 5G, que já está em uso no campus.
“Várias unidades de ensino, incluindo centros de pesquisa, hospital universitário, reserva ecológica e museu, distribuem-se pelos quase 4 milhões de metros quadrados que compõem a Cidade Universitária, onde milhares de pessoas circulam diariamente. As possibilidades interdisciplinares de pesquisa, desenvolvimento e inovações em 5G integradas às comunidades vizinhas à USP e na cidade de São Paulo são enormes”, destacou o professor da Escola Politécnica e coordenador do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas da USP, Marcelo Knörich Zuffo em declaração ao site Agência Brasil.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),concedeu uma licença científica para a implantação da rede 5G na USP, ela utiliza a frequência 3,5 GHz, uma das faixas que a Claro adquiriu em um leilão realizado em novembro de 2021. Assim, a estrutura vai permitir que os estudantes possam criar, prototipar e testar produtos e serviços.
O conceito do Think and Do Tank, propagado pela universidade, é um conceito emergente e que, em modelos de inovação aberta, a USP tem protagonismo. Inclusive desenvolvendo de forma pioneira e dentro do maior espírito público pilotos de demonstração, buscando uma maior neutralidade em relação à relevância de uma tecnologia para a sociedade. Afinal, essa é a principal importância desses estudos e testes para a população. Como, por exemplo, os testes realizados antes da implantação da TV Digital no país e que foram realizados pela instituição.