A cidade de Nova York tornou-se líder no último Índice de Centros Inteligentes (SCI) do Z/Yen Group, que avalia a capacidade de cidades comerciais globais se tornarem desenvolvedoras de novas tecnologias, baseando-se em fatores como apoio à inovação e “intensidade criativa”.
A quarta edição do índice (SCI 4), publicado pelo think-tank comercial Z/Yen Group, classificou Nova York em primeiro lugar, levando o líder anterior, Londres, para a segunda posição. A diferença foi de apenas um ponto. Então, a cidade permanece como o único centro dos EUA entre os 10 primeiros colocados.
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Centros líderes no SCI
Os líderes no SCI combinam um centro cultural inovador com um setor universitário de alto desempenho em todas as disciplinas Stem. Além de serviços regulatórios, comerciais e financeiros bem desenvolvidos. Assim, no ranking, os centros da Europa Ocidental aparecem com frequência. Ao todo, sete centros estão entre os 10 primeiros, ao lado de Nova York, Hong Kong e Cingapura da Ásia-Pacífico.
De acordo com o Z/Yen, os centros dos EUA e da China não se destacam positivamente no índice, como seria de se esperar. Isso tendo em vista o grande desenvolvimento em tecnologia, como mostra o crescimento de ambos no depósito de patentes e com a China liderando os EUA neste setor.
Ao observar as dimensões que compõem o SCI, é possível perceber que os centros dos EUA geralmente possuem classificação mais baixa em “intensidade criativa” do que em sua posição geral. Já os centros chineses e outros da Ásia-Pacífico têm pontuação mais baixa em “apoio à inovação”, incluindo regulamentação, do que em outros aspectos.
Outros centros também alcançaram o top 10 do SCI 4, como Oxford, que ficou em 3° lugar, Cambridge em 4°, Hong Kong, que se classificou em 5º, Singapura em 6° e Copenhage, que conquistou o 8° lugar, unindo o índice pela primeira vez e substituindo Genebra no 10º.
Centros comerciais de sucesso promovem a tecnologia
Segundo o professor Michael Mainelli, presidente executivo da Z/Yen, os centros comerciais de sucesso no mundo são aqueles que promovem a tecnologia. Assim, para ele “a tecnologia e a ciência mudam a forma como nos relacionamos com o mundo. O ritmo da inovação é intensificado à medida que a conectividade continua aumentando.”
Mainelli ressalta ainda que: “Esses centros inteligentes estão se formando em quatro aglomerados excepcionalmente fortes: Reino Unido, América do Norte, Europa e sudeste da Ásia. Dessa maneira, prevemos o surgimento de uma China singular em breve também. Além disso, os formuladores de políticas estão percebendo que áreas estreitas de tecnologia, [por exemplo] fintech, não são suficientes e eles precisam repensar como construir uma economia do conhecimento verdadeiramente inteligente. Temos muito que aprender.”.
O que é o Índice de Centros Inteligentes (SCI)?
O Índice de Centros Inteligentes (SCI) é um índice de avaliação de fatores considerando várias condições instrumentais – medidas de dados extraídas de uma variedade de provedores de dados em todo o mundo. Além de avaliações feitas por profissionais de negócios e finanças de três dimensões relacionadas à inovação e tecnologia nos principais centros comerciais e financeiros:
- apoio à inovação – a abordagem adotada para regulamentar e apoiar a indústria de inovação e tecnologia fornecida pelo ecossistema comercial;
- intensidade criativa – até que ponto a tecnologia e as indústrias inovadoras estão incorporadas na economia do centro;
- capacidade de entrega – a qualidade do trabalho realizado no centro, no campo.
O SCI reúne essas dimensões em suas classificações gerais para elaborar o índice, que é atualizado a cada seis meses. Enquanto o SCI 4 foi desenvolvido a partir de 130 fatores instrumentais. Por isso, tais medidas quantitativas são fornecidas por terceiros, incluindo o Banco Mundial, a Economist Intelligence Unit, bem como a OCDE e as Nações Unidas.
Assim, os fatores instrumentais foram combinados com 2.157 avaliações fornecidas por 302 respondentes a partir de um questionário online.
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