A empresa Azul Linhas Aéreas terá frota de “carros voadores” no Brasil. Para isso, a companhia consolidou uma parceria de US$ 1 bilhão com a Lilium, fabricante alemã de eVTOLs (sigla em inglês para veículo elétrico de decolagem e pouso vertical). O objetivo é criar um novo segmento de viagens curtas, categoria onde os helicópteros são maioria. A expectativa é que as aeronaves comecem a operar em 2025.
A Azul acompanha os passos da Embraer que, através de sua startup Eve, também investe em “carros voadores” para o futuro da mobilidade aérea urbana. A Eve desenvolve o seu próprio eVTOL e, recentemente, firmou parceria para operar a aeronave em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, bem como outras grandes cidades em países da América do Sul.
‘Uber dos céus’
Os eVTOLs possuem autonomia para 240 quilômetros e capacidade para o piloto e mais seis passageiros. Segundo o presidente da Azul, John Rodgerson, o plano é conectar centros econômicos, regiões metropolitanas, cidades turísticas, condomínios residenciais e aeroportos. “Pode ser o ‘Uber dos céus’. Como essa aeronave pode decolar verticalmente, como um helicóptero, podemos usar pequenos aeroportos ou até mesmo os helipontos instalados nas grandes cidades”, afirma o executivo.
Ele complementa que “Essas aeronaves devem ser certificadas ao longo de 2024 para começarmos a operar em 2025. Já estamos conversando com a Anac [Agência Nacional de Avião Civil] para a elaboração das regras de operação desses carros voadores”. Ainda de acordo com Rodgerson, a tendência é que os “carros voadores” fabricados pela Lilium se tornem ainda maiores. “A expectativa é desenvolver novos modelos, com capacidade para até 16 pessoas, o que iria tornar a viagem muito mais acessível”, afirma.
Entre as rotas avaliadas pela Azul estão Campinas a Santos, Campinas a Campos de Jordão, São Paulo a São José dos Campos e Rio de Janeiro a Búzios. As aeronaves possuem desempenho suficiente para os trajetos e uma possível alta demanda, tendo em vista que os eVTOLs possuem 36 motores. Além disso, podem ser recarregados em até 30 minutos. Segundo John Rodgerson, o plano é montar uma estrutura de abastecimento em alguns helipontos e pequenos aeroportos que serão operados.
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